Capitulo dois.
Passaram-se duas horas. A garota ainda estava no banco, e o rapaz ainda esperava alguma reação da mesma. Ela estava parada, como se estivesse em transe.
- Beatrice?
- Dante?
- Eu vim buscá-la, Beatrice!
- Agora é tarde.
- Nunca é tarde para se amar.
- Minha alma ao inferno pertence agora, Dante.
- Não... Não enquanto eu puder lutar. – O silêncio tomou conta da sala, após o pequeno teatro.*
- Deixe-me descer agora, Gabriel.
- Não Camille.
- Eu confio em você.
- Então pule!
- Não posso.
- Você não quer.
- Exatamente. – fez-se o silêncio no local. O garoto tinha um semblante calmo, com um leve sorriso brotando em seu rosto hora ou outra. Era como se ele soubesse, ou confiasse no salto dela.
Ela mostrava insegurança, dúvida, mas conseguia sorrir. Não pelo pedido que ele havia feito, mas pela companhia dele. Era esquisita essa sensação de agrado que ela sentia. Por que ela sentia isso? Não tinham anos de amizade, na verdade, não tinham nem um mês, mas era como se ela conhecesse ele de longa data.
- Por que você quer que eu confie em suas mãos?
- Você precisa confiar em alguém.
- Se eu pular, e você me segurar... Depois você vai me deixar cair, eu sei que vai!
- Você só vai saber se pular. – E, mais uma vez, o silêncio fez-se presente. Braços cruzados no peito. Coração disparado. Olhos fechados. Desespero. Medo. A garota flexionou os joelhos, e pulou...
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Ele segurou ela?
* Dante's inferno... Jogue, ou assista o desenho, que você entende a brincadeira com os nome (Beatrice e Dante)
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Só para não falaram que não teve imagem ;)